
Núcleo Ginga
Política, Cultura e Psicanálise Antirracista
Sobre o Núcleo
O Núcleo Ginga nasce como expressão coletiva de resistência. Os corpos capoeiristas se jogam e comunicam a mensagem pré-suposta pelo movimento: qualquer um pode ser derrubado. No entanto, os tambores, pandeiro e berimbau, instrumentos musicais tocados em conjunto, não permitem que o tempo pare o suficiente para a vulnerabilidade se instalar. Da mesma maneira, a psicanálise, a filosofia contemporânea, estudos culturais, pós-colonialismo, decoloniais, artes e literatura se unem como instrumentos no chamamento para a roda. Quem conhece a música, o ritmo, pode se manter íntegro. O movimento, fundamental para a evolução coletiva, tende a gerar equilíbrio, percepção do outro, de seu dançar: gingar é pura fruição.
A ginga é puro espaço de gestação, que outrora perseguido, subvertido, apropriado e proibido ressurge como um aquilombamento de forças e práticas que propõe distinguirmos por quem somos - humanos! - ocupando os espaços de poder (ser) como potência em detrimento da estrutura vigente. Vamos todos Pretos, Pardos, Brancos e Não-Brancos em direção ao caminho do antirracismo, conceito que faz essa roda girar. Nosso manejo passa pelas pesquisas que problematizam a relação entre psicanálise, linguagem, práticas culturais, saberes disciplinares e imateriais, bem como as possíveis transdisciplinaridades possíveis. Esse debate rico sobre nosso povo, vai contar com Roda Griô, Grupo de Estudos e Supervisão com foco para uma psicanalise antirracista e decolonial. A roda está pronta, entra e vem gingar com a gente.