Identificação,identidade e identitarismo

Descrição do serviço

Desde que o primado da identificação foi estabelecido como forja na qual se constitui a subjetividade, a identidade foi vista como algo descartável por muitos psicanalistas que ignoravam a constituição de identidades organizadas a partir do horizonte histórico. Desse modo, como ficavam indivíduos identificados por meio de identidades criadas para dominá-los? Em outras palavras, como aqueles que eram identitarizados pelo colonialismo podiam ignorar o peso da identidade que recaia sobre seus corpos? Falar sobre identificação e identidade, portanto, nos guia a pensar como um horizonte identitário se constituiu não na cabeça de agentes, mas como algo necessário à formação social moderna. Nesse quadro, torcendo o parafuso da psicanálise nos debruçarmos entre as tensões pressupostas à formação da identificação que passa irremediavelmente pela construção social das identidades. Quais os impactos disso para a práxis psicanalítica?Para isso faz-se necessário um processo de entendimento das diretrizes estruturais do Patriarcado em função da manutenção das desigualdades sustentadas pela colonialidade, no sentido de dissolvê-las. Este processo tende a acontecer quando inserimos modos e meios de atenção psíquica com vieses contracoloniais, diversos e com profunda ligação com nossas origens étnicas de cuidado. Não é possível uma clínica que responsabilize apenas o indivíduo por sua jornada, desconsiderando as relações traumáticas, preconizadas pelo pacto narcísico da branquitude, por exemplo. Por isso propomos um trabalho de estudo e políticas contracoloniais, a partir de leituras selecionadas das bibliografias descritas no corpo deste projeto como base relacional de conceitos. Docente: Douglas Barros Modalidade: Teletransmissão Data: 13/02 Horário: 17h - 18h